nestes últimos dias tenho tentado recuperar um pouco do que perdi nos cinco meses em que não acompanhei os desenvolvimentos da blogosfera. foi dessa forma que me apercebi da evidência a que estamos sujeitos: os projectos deste tipo, por melhores que sejam, acabam por não sobreviver a alguma indiferença provocada por uma cada vez maior proliferação de propostas. ou então não é nada disto e os projectos morrem porque os seus autores se fartam. eu próprio já matei dois blogs porque não diziam nada de jeito.
no entanto este post serve sobretudo para anunciar a morte da drogheriadimusica e do jornal UM, bem como o desaparecimento, não sei se temporário, do the tracker.
se, no caso dos dois blogs citados, fica a ideia de que os seus autores continuarão por este meio (é um vício quase tão forte como o benfica), em relação ao UM a minha dúvida é muito mais aguda. o UM era um jornal de distribuição gratuita que contava com uma equipa de colaboradores muito interessante (jorge manuel lopes, eduardo sardinha, rita carvalho, álvaro costa, rodrigo nogueira...) que pecou, na minha opinião, exactamente por querer ser de distribuição gratuita. louvável, é certo, mas está mais do que provado que em portugal a viabilidade económica de um jornal deste tipo necessita de um barão por detrás. gostaria de ser mais optimista, mas parece.me que o UM, enquanto filosofia jornalística, está condenado a não sobreviver. e se mudar os moldes, muito provavelmente, deixará de ser o UM. porque entrará no círculo das publicações dependentes de condicionantes determinadas por quem as subsidia.
no entanto, desejo boa sorte para os intervenientes.
bem precisamos.
22 fevereiro 2007
mortes não anunciadas
por
joséreisnunes
à(s)
4:14 p.m.
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