o "estorilgate"
depois de mais uma ardilosa performance do senhor jorge sousa da associação de futebol do futebol clube do porto...perdão...da cidade do porto, no jogo de ontem, o a new order encerra hoje o seu programa de serviço público com todas as explicações sobre o famigerado estorilgate, que, na época de 2004-2005 fez correr muita tinta, sobretudo entre os adeptos não-benfiquistas.
vivia.se o auge da temporada desportiva, com o benfica a liderar a prova particamente desde o seu início, quando as manchetes desportivas anunciaram a possibilidade de falência técnica do estoril-praia. o clube, recém promovido ao escalão maior do futebol português, deu um salto maior que a própria perna nas contratações e nas despesas, o que originou uma situação débil nas contas, fruto também da saída de josé veiga, à altura administrador de futebol do benfica, da SAD do clube do qual era um dos principais accionistas. há quem diga que josé veiga mantinha as duas funções em simultâneo. no entanto nunca nenhum tribunal o condenou por isso, e não foram raros os casos em que o homem se teve de justificar perante um juíz. é preciso não esquecer o caso joão vieira pinto, do qual foi ilibado recentemente, depois de quase ter sido condenado no terreiro do paço.
face a esta situação de crise económica, e fruto das relações de amizade entre josé veiga e a direcção do estoril, arranjou.se um pretexto para fazer o jogo no estádio do algarve. ninguém nega que isso beneficiou o benfica, que assim teve muitos adeptos a apoiá.lo. no entanto, se o jogo tivesse ocorrido no estoril, e à semelhança do que aconteceu no bessa na última jornada do campeonato, tudo leva a crer que o presidente luís filipe vieira chegasse a acordo para adquirir a quase totalidade dos bilhetes. desse por onde desse, o benfica jogaria sempre em casa. a única diferença é que aquele jogo evitou a falência do estoril praia, que hoje luta novamente por um lugar na liga principal. em relação à estorieta do rui duarte, que fez um penalty porque, supostamente, teria um acordo firmado com o benfica para a sua transferência, a montanha pariu um rato. o tipo nunca vestiu a camisola encarnada.
de referir apenas que os maiores contestatários da alteração do jogo para um estádio que desde o euro-2004 não recebia um encontro de futebol digno desse nome, são os mesmos que viram o seu clube disputar, nas décadas de 80 e 90, dezenas de jogos fora de casa, na cidade da maia, sob o pretexto das condições necessárias para as transmissões televisivas (a cargo da olivedesportos de joaquim e antónio oliveira, antigo jogador do fcp e presidente do penafiel...). de relembrar que a maia é um pouco mais perto do porto do que o algarve é da segunda circular. e nunca niguém se queixou disso.
concluímos desta forma a estória do estorilgate.
não há dúvidas de que a mudança de estádio foi engendrada porque havia um bom relacionamento entre os 2 clubes. mas que isso significou a sobrevivência de um histórico, também ninguém pode contrariar. teria sido melhor que o estoril seguisse o caminho do salgueiros?
é de facto uma pobre desculpa resumir um campeonato a este jogo.
ps: muitos dos dados que apresentei nos últimos três dias decorrem de investigações já feitas e publicadas na internet por curiosos, alavancadas recentemente pelo excelente post "vinte anos de mentira de A a Z" do vedeta da bola. encontrarão semelhanças entre o que eu escrevo e o que lá se poderá ler. mas isso em nada me preocupa porque lê.lo e divulgá.lo é um exercício fundamental para compreender de que forma a corja destruiu o futebol português.
17 abril 2008
serviço público 3
por
joséreisnunes
à(s)
9:47 p.m.
tag serviço público
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