04 setembro 2007

our love to admire, interpol




tem.se dito por aí muito disparate acerca dos interpol. e têem.se escrito barbaridades atrozes sobre our love to admire. eu, que me considero um consumidor compulsivo da música destes rapazes, aviso desde já que, como com qualquer paixão, esta crítica será irredutível nas suas posições.
our love to admire não é o melhor álbum dos interpol, porque antics já foi lançado. sim, é verdade. o melhor álbum dos interpol é antics. mas o mais recente long play não é para ser desconsiderado. aliás existe apenas uma música que não gosto. desde a primeira audição, no concerto do sbsr, que odiei mamooth. curiosamente é daquelas que os críticos mais gostam, o que só corrobora a sua ignorância. e não venham com o disparate de dizerem que os interpol caíram na rede que criaram ou extenderam demasiado o conceito blá blá blá.
our love to admire tem das melhores canções que já ouviram.
desde logo que é possível perceber que a tripleta inicial (pioneer to the falls - no in threesome - the scale) é assustadora. e existem outras belas tiras da quais se destacam, obviamente, all fired up e rest my chemistry (a where is my mind do ano). o single é entusiasmante e as outras músicas que completam o álbum não são más.
por isto tudo porque é que our love to admire tem levado porrada generalizada? porque não é um álbum transgénico. se os músicos metessem para lá umas samples de world music ou fizessem uma cena à M.I.A., com umas misturas incompreensíveis e capazes de provocar vómitos de tão forçadas e mal enjorgadas (era vê.los de olhos regalados no concerto em paredes de coura quando se estava perante uma espécie de ritual de sacríficio onde o microfone estava nas mãos do animal em agonia), os tipos comiam às colheradas.
mas como é um álbum limpinho de rock não passa no teste.
no fundo no fundo eu também acho que os interpol fazem muito melhor do que isto. e a nota reflecte.o. mas achei que era a oportunidade ideal para despir esta tendênciazita que está para aí a nascer.
desculpem o oportunismo.


7.7/10

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