fui ao concerto do michael gira no nimas ontem à noite. aviso desde já que entrei na sala sem qualquer referência. não conhecia uma única música nem um único álbum do senhor. a única vez que o tinha ouvido cantar foi há uma semana no álbum dos xiu xiu, a fazer vez de david bowie em under pressure.
o tipo ajeita.se bem com a guitarra, tem um vozeirão de todo o tamanho e parece um mórmon nas vestes e no trato. a solo as coisas funcionam.lhe bem. segundo sei interpretou uma série de canções que têem uma roupagem em álbum completamente diferente (na qual se incluem músicas dos swans). mas já não as consigo imaginar de outra forma que não aquela que ouvi no concerto. nada mais a apontar.
mas o que eu gostava mesmo era de me centrar na primeira parte do concerto. apareceu.me ali um tipo italiano que parecia saído de um barco viking, com a guitarra em altos berros a fazer distorções e a vibrar por todos os lados, a cantar num inglês incompreensível. teve momentos, quando estava calado e não entrava pelo lado da explosão sonora, em que a actuação foi muito conseguida. de resto, a única particularidade foi a de conseguir fazer com que 75% da sala fechasse os ouvidos, já que o som - horrivelmente misturado - fazia impressão. porque uma coisa é tocar como os mogwai. a outra é fazer aquilo. como tive oportunidade de dizer ao miguel, espero que o tipo não tenha de sobreviver da música.
é que se não for esse o caso vai passar muita fominha na vida.

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