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03 outubro 2009

fuck buttons, zdb

se perguntássemos, alguns dos que ontem estiveram na sala lisboeta diriam que acordaram num campo em hampshire. provavelmente o mesmo onde o jarvis deixou parte do cérebro há 15 anos. os fuck buttons são a banda noise menos noise de todas as que já me deixaram sem ouvir durante um período de 12 horas. e quando não irromperam por lisboa com o hino sweet love for planet earth, só havia uma possibilidade: um final de concerto em êxtase. é claro que a certa altura, logo depois de the lisbon maru (talvez), a coisa esteve para se perder. mas não. os fuck buttons regressaram a um mundo mais simpático e explodiram. não há dinheiro que pague aquela música. sweet love for planet earth.

19 julho 2009

caros bloggers

nem uma palavra sobre os the walkmen?

03 julho 2009

jackie-o motherfucker, zdb

crónica rápida sobre um concerto telegráfico.

a passagem dos jackie-o motherfucker pela sala lisboeta não foi nem um não nem um sim. é que mal tinham aquecido as cordas das guitarras e já se estavam a despedir da capital, por entre a confusão que se instalou em muitos dos presentes.
quanto ao concerto propriamente dito, começaram aborrecidos com experimentalismo exagerado, melhoraram gradualmente quando atacaram o formato de canção progressiva que desenvolvem há vários anos e que ballads of the revolution, ao que parece, vem aprofundar, e quando tinham tudo para agarrar de vez um público apático, deram por terminada a sessão.
não é que a expectativa em torno dos jackie-o motherfucker fosse demasiado latente.
mas esperava.se muito mais deste colectivo.

31 maio 2009

wavves, zdb

os wavves não vieram a lisboa.

a zdb diz que foi por causa de uma doença do vocalista. ou isso ou o facto de terem andado quase à pancada no dia anterior em cima do palco do primavera.
uma das duas.

15 maio 2009

antony and the johnsons, coliseu lisboa

já confessei por diversas vezes que tenho muito pouca paciência para as conversas dos músicos sobre o povo português, o castelo de são jorge ou as aparições de fátima. por isso, e se a boutade de antony sobre obama e dick cheney lhe saiu relativamente bem, o certo é que as estorietas sobre sintra, sobre o poder das mulheres - e aí fiquei relativamente confuso apesar de reconhecer um transgender quando o vejo - ou sobre jesus reencarnado numa mulher que anda sobre a água, mais não fizeram que retirar tempo para pelo menos mais duas interpretações. o que foi uma pena porque em cima do palco estiveram aquilo que na verdadeira acepção da palavra se designa por músicos. os ambientes de maior cumplicidade entre artistas e público servem sobretudo os interesses de  intérpretes menores. não sendo o caso de antony e do sexteto que o acompanha em digressão ficou.me alguma raiva. 

moderada.
mas é claro que isto acaba por não influenciar de modo algum a ideia que formulei na última passagem do músico pela sala lisboeta: antony é um caso raro da pop actual e um dos poucos que consegue, nas actuações ao vivo, re-inventar as suas composições sem nunca perder o fio à meada da essência dos seus 3 álbuns de estúdio. contudo, como fiel apreciador do álbum homónimo, o primeiro da carreira de antony, desgosto bastante que hitler in my heart não faça parte do alinhamento de todos os concertos. 
no entanto, a noite de ontem era de the crying light. e o preâmbulo do concerto, na forma de actuação de uma bailarina butoh, serviu para dar consistência à linha conceptual do último long play do músico. e como é de luz que se fala quando se fala de antony, a noite só podia ter terminado como ele/ela a imaginou: com a sala às escuras e um foco sobre o piano, ao som de hope there's someone, hino maior de i am a bird now, música capaz de levar à histeria grande parte de um coliseu esgotado. 
o que me deixou definitivamente confuso.  

04 maio 2009

black dice, museu do chiado

facto primeiro: há gente que paga para estar no mesmo espaço que os black dice.
facto segundo: diz quem já lá esteve que ny é a cidade mais interessante do mundo. e eu acredito.
facto último: já paguei o espaço partilhado com os black dice por 3 vezes. continuo a não lhe chamar concerto por mero processo de dúvida. nunca estive em ny, mas hei.de lá ir. um dia.

03 maio 2009

go where new experiences await you

por causa da crise, da precariedade no emprego ou da falta de candidatos às eleições do sporting - escolham a que melhor vos convier - tive de faltar à apresentação do disco de estreia d'os golpes. espero, no entanto, que a celebração tenha confirmado a minha vontade. saberei esperar pacientemente até comprar um exemplar do disco.
hoje, sem falhas, black dice no chiado.
amanhã menos dinheiro para as contas do fim do mês. 

08 abril 2009

maio maduro

vai começar com os golpes. prossegue com os black dice e antony. fecha com os wavves. querem melhor do que isto?

07 abril 2009

um novo guia para os músicos portugueses do terceiro milénio

o manuel já me tinha avisado aqui há uns tempos, por ocasião de um jogo do nosso clube, e o almirante fez muito bem em relembrar.me. o disco de estreia d'os golpes, cruz vermelha sobre fundo branco, está pronto para ser apresentado. 
dia 1 de maio, no santiago alquimista.
independentemente de serem pessoas que eu estimo - o que tolda muitas vezes a razão - pelo que já ouvi estou convicto de que estamos perante o acontecimento mais positivo para a música portuguesa neste ano. 

14 março 2009

matt elliott, zdb

serão curtas as palavras para um concerto superlativo de matt elliott. 

quando existem músicos quase brilhantes é mais fácil ter esperança de que, após estes anos todos a percorrer salas de concertos, ainda há actuações que nos podem surpreender. a galeria lisboeta, ontem estranhamente a meio gás, confirmou que matt elliott é caso raro na produção de canções. e o processo de concepção do músico, alicerçado em loops que sustentam as diferentes camadas necessárias, acaba por nem ser a nota de maior requinte. o que sobressai de uma noite na companhia do músico britânico é a forma como, sozinho num palco (foi aquele como podia ser um outro 100 vezes maior), a luta será sempre com ele mesmo. as viagens de matt elliott, e na zdb pudemos assistir a praticamente todos os momentos da sua carreira, serão provavelmente apontamentos demasiado pessoais para serem transcritos para uma realidade mais objectiva.

i'll just shut up and start playing, foi a frase de abertura.
ainda bem que existem músicos assim: torna.se mais fácil sentir o verdadeiro alcance do que se passa. 
concerto do ano.

27 fevereiro 2009

matt

a carreira a solo de matt elliott será revisitada na zdb, já no próximo 13 de março. é com grande expectativa que se aguarda a passagem do músico britânico pela sala lisboeta. a trilogia encerrada em 2008 - drinking songs, failure songs e howling songs - é uma das pegadas mais significativas (e um dos trabalhos conceptuais mais poderosos) da lo-fi deste milénio.

06 fevereiro 2009

mogwai, aula magna

será curioso verificar que, apesar desta ter sido a terceira vez que vi os mogwai actuar e de conhecer muito bem toda a discografia da banda, ainda existem vários momentos em que os tipos me conseguem assustar e - dirá o meu cardiologista - provocar as mesmas arritmias que sinto quando o guimarães nos marca um golo quase a acabar o jogo e vejo que a vitória pode, fruto do fado estranho que nos acompanhou durante anos, escapar. 

está claro que os mogwai de hoje já não se revelam na curiosa estrutura que dissecaram ao longo dos 3 primeiros álbuns - começa uma guitarra, entra outra guitarra, entra a terceira e a bateria, carregam nos pedais para fazer muito barulho, voltam a acalmar, voltam a fazer barulho e terminam. no entanto, e apesar de os álbuns da segunda parte da carreira da banda escocesa estarem muito mais próximos do formato tradicional da canção rock (o que parece desgastar muita gente, mas que a mim não me provoca especiais calafrios), parece.me que os mogwai estarão eternamente talhados para as actuações ao vivo. 
foi um bom concerto, que não hajam dúvidas. 
não ombreia com a actuação de há 5 anos, no garage, da qual recordo 24 horas de audição reduzida, mas terá sido porventura melhor que a prestação em algés, em 2005. o local e a qualidade do som ajudaram. mas nisto também temos que contar com a maturidade dos rapazes, agora com ar de pais de família com uma supra-vontade de surpreender audiências e de empolgar as massas que alimentam o culto. 
e no fim de contas, tal como no futebol, saímos vencedores.

01. i'm jim morrison, i'm dead
02. ithica 27-9
03. i love you, i'm going to blow up your school
04. summer
05. scotland's shame
06. hunted by a freak
07. mogwai fear satan
08. thank you space expert
09. new paths to helicon (pt.1)
10. friend of the night
11. like herod
12. batcat

13. the precipice
14. 2 rights make 1 wrong

20 dezembro 2008

avenida 211

acabei de chegar do avenida 211 e confesso que não gostei.
cheguei tarde, é certo. e posso muito bem ter perdido os melhores concertos. mas ia com a expectativa de ver o dj set do panda bear, que acabou por se revelar um dos momentos mais entediantes do ano.
e enquanto numa das salas havias uns tipos que pareciam os lightining bolt, noutra havia uns que pareciam os yeah yeah yeahs.
[está dentro do espírito da festa.]
lembrei.me agora que também havia um tipo a mandar umas porcarias contra a parede, no que me disseram ser uma performance. e uns gajos armados em high places. obviamente que não vou divulgar nomes para não ser enxovalhado.
e também porque não me lembro.
mas o destaque deste último avenida foi mesmo para os irmãos verdade, vulgos n'gapa. esses, para além de estarem completamente fora do espírito indie da festa - o que lhes permitiu serem os melhores de uma noite demasiado estática - tinham um vocalista que só não levou duas chapadas do panda porque ele não é beirão, como eu.
foram as raínhas da noite, contudo.

30 novembro 2008

avenida 211

o ano promete encerrar em grande estilo ao som de um dj set do panda bear no já bem conhecido (e por sinal último) avenida 211. é no próximo dia 19 e tem chancela da filho único.

24 novembro 2008

lightning bolt @ zdb transferida para o parque camões

é preciso ter tido uma infância difícil ou ser.se completamente surdo para se estar em casa, descansadinho no sofá ou às voltas com aquela edição memorável de março da fhm onde aparecia a mariana monteiro, a ouvir os álbuns dos lightning bolt. isto porque, de facto, não consigo encontrar maior contradição do que a que associa três palavras: música/lightning bolt.
é por estas e por outras, que humildemente prefiro ocultar, que me dá para encarar o que se passou ontem no recôndito (mas contudo bem iluminado) piso -5 do parque camões mais como uma experiência do que propriamente como um concerto. é que um concerto pressupõe música e os lightning bolt desde sempre contornaram muito bem essa questão. foi pouco mais de uma hora a ouvir martelar na bateria, sangue quase a escorrer pelas colunas, súor certamente empapado no chão e na máscara que os rapazes pisaram, uma data de miúdos a precipitar.se sobre os 2 norte-americanos, uma série de gente pelo ar quase a bater com qualquer parte do corpo num tecto maravilhoso de tão baixo que é.
e no fim, para além do zumbido constante nos ouvidos - resultado directo da desconstrução sonora típica de uma performance desta natureza - a certeza de que, já tendo visto uma actuação dos lightning bolt, duas dos black dice e um festival de deathcore na póvoa do varzim, não há nada que me possa surpreender.
aquilo pode não ser música. mas é muito mais do que barulho. só não sei bem o quê...
é, certamente, de antologia.

18 novembro 2008

antes que a casa vá abaixo

o melhor será mesmo destruir o parque camões. lightning bolt no último piso do estacionamento lisboeta, já no próximo domingo.

15 novembro 2008

mogwai

a 5 de fevereiro de 2004 os mogwai passaram pelo garage e pouco deve ter ficado intacto na discoteca lisboeta. a 5 de fevereiro de 2009 os mogwai regressam, desta vez para actuar na aula magna.

31 outubro 2008

thee silver mt.zion memorial orchestra @ zdb

entre a hipnose do som dos 2 violinos arrastado praticamente ad eternum e o descalabro emocional da guitarra que já foi peça central dos gy!be, a thee silver mt.zion memorial orchestra arrasou, ontem à noite, a sala do bairro alto.
não fosse a forma como os músicos se apresentam em palco, e a desfaçatez das palavras que dão corpo à música, e poderia muito bem tratar.se de uma orquestra daquelas sérias e arranjadinhas. não fosse a violência das peças que apresentam, e a oscilação dramática entre o caos total e o silêncio que o é quase nos 15-20 minutos de duração de cada investida, a thee silver mt.zion memorial orchestra poderia aspirar a salas mais respeitadas. mas não é assim que as coisas são no mundo rock, e o público que ontem se deslocou à baixa lisboeta, fazendo esgotar o aquário da zdb, fez questão de o demonstrar. minado, provavelmente, pelo descomprometimento do frontman canadiano.
em troca os thee silver mt.zion arrumaram a contenda com 6 faixas que percorreram algumas das fases de uma carreira que se estende já em 6 álbuns de estúdio. no final do dia fica a sensação de que, se os gy!be foram o início de qualquer coisa que entretanto se desfez no tempo e na necessidade, os thee silver mt.zion são, de facto, o passo seguinte no pós pós-rock.


1. 13 blues for thirteen moons
2. 1.000.000 died to make this sound
3. take these hands and throw them in the river
4. god bless our dead marines
5. there's a light
6. microphones in the trees

24 outubro 2008

no age @ zdb

foi telegráfica a primeira passagem dos norte americanos no age pela capital. 50 minutos bastaram para devastar as filas da frente do aquário da zdb e provocar alguns espasmos nas filas de trás, as dos bem comportados, como eu. a prestação do power duo de LA não deve ter andado muito longe, em termos de fúria controlada, da passagem do furacão gustav por nova orleães, há coisa de um mês. não havendo mais para mostrar, os no age percorreram todas as faixas que compõem o recente nouns, apresentaram uma ou duas músicas novas e uma versão dos misfits quase a terminar exibição suada q.b.
o final foi rock, apoteótico portanto.
e fica no goto de toda a gente que por lá passou uma certeza: não há banda no mundo que, neste momento, encarne melhor o espírito underground.

29 julho 2008

boicotem.nos

vai ser mais um ano sem festivais de verão.
depois da viagem a paredes para ver o morrissey em 2006, jurei para nunca mais. e a promessa mantém.se.
é que, sinceramente, já não há estofo sequer para estar 2 dias em trânsito, a dormir e comer mal, para ver um concerto, quando lisboa acabará por receber o mesmo concerto, uma vez que, como diz o ny times, somos a capital cultural da europa.
(e este ano, diga.se, não há ninguém que me faça sair de casa)
o cartaz de paredes tem 3 nomes interessantes -dEUS, the mars volta e sex pistols - mas nenhuma truta, como em anos anteriores. o sudoeste, esse, outros 3 - björk, franz ferdinand e tindersticks.
e como com metade destas bandas já seria um repeat, este ano, mais uma vez, opto pelo sofá.
divirtam.se