já não andava de metro há quase um ano.
a última vez que o tinha utilizado foi no dia de santo antónio, quando lisboa não tem espaço para mais carros e os dependentes motorizados como eu são forçados a quebrar as rotinas. na segunda paragem da primeira viagem, para mal dos meus pecados, tomo consciência de que o que já tinha lido num blog sobre a nova moda que está a assolar a capital, é realmente verdade. hoje em dia há gente que entra nos transportes públicos, liga o telemóvel a debitar mp3's manhosos no som máximo e só dá descanso aos ouvidos da malta na estação de saída.
neste caso, e como se não fosse nada com ele, o tipo entra no metro, mete uma kizomba, leva o telemóvel ao bolso e só em entrecampos é que o deixei de ouvir. ao princípio ainda pensei que era o rádio do metro, mas acabei por tomar consciência do que é que se estava a passar quando o som diminuía à medida que o homem se afastava.
a manhã de trabalho termina e a viagem de regresso reserva.me o quê? mais uma kizomba, desta vez até aos anjos, altura em que outro tipo resolveu sair do metro.
quando o telemóvel começou a guinchar levei a mão ao meu. a ideia era fazer concorrência mas acabei por perceber que só tinha o mp3 dos mgmt que serve de toque e uma música do patrick wolf que serve de despertador. para evitar levar uma carga de porrada de um ressabiado qualquer, acabei por desistir da ideia.
mas daqui a um ano, quando voltar a utilizar o metro, e se esta moda ainda não tiver acabado, terei preparado um mp3 da cavalgada das valquírias para, numa assombrosa touche surrealista, deixar toda a gente da carruagem de boca aberta com a potência sonora do meu sony ericsson, e o disco da kizomba do brasil a piar fininho.
24 maio 2008
kizomba do brasil
por
joséreisnunes
à(s)
3:14 da tarde
tag voz do povo
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1 comentário:
Isso vai merecer um bom lugar na plateia :)
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