generalizou.se a ideia de que as semanas académicas são feitas à base de sagres ou superbock, conforme o patrocínio for maior ou menor. e, de facto, o que tenho tido oportunidade de ver nos últimos anos (e não só em lisboa diga.se) é que as celebrações das semanas académicas são bem regadas, invariavelmente, com muito alcool e muita música.
e pergunto...aparte os lamentáveis problemas a longo prazo que daí possam resultar para o fígado dos estudantes, qual é o problema? há tempo para tudo e quem lá põe os pés, sabe ao que vai.
isto tudo para dizer que se forem à SAL à procura de ouvir música, esqueçam. o ambiente vai distrair.vos e vai direccionar.vos para outras batalhas.
o último dia das festividades de 2008 no parque tejo acabou, como não poderia deixar de ser, em clima de festa e de comunhão entre público e as bandas presentes. do que pude ver - e do que posso destacar - os buraka som sistema continuam a ser um must da juventude lisboeta. há muito que deixaram o discurso cauteloso que mantiveram no início de carreira, e são, hoje, uma banda das massas. e não o entendam num sentido depreciativo. os buraka meteram a malta de telheiras e de campolide a dançar como se toda a vida tivessem vivido na damaia e fossem do club kuduro desde pequeninos. e isso, mais do que uma moda, é um sinal do melting pot cultural que é lisboa. continuo a não me sentir minimamente tentado a ouvi.los enquanto trabalho, mas reconheço hoje que a dimensão da banda é sobretudo a de ser o espelho de uma cidade que não é branca nem preta, é tudo isso há muitos séculos e vai continuar a seguir essa escolha.
de resto, e para abreviar porque há gente que vai escrever sobre a SAL muito melhor do que eu o posso fazer, destacar o ambiente saudável, a boa organização - melhor até que a do SBSR se querem que vos diga - e o fortalecimento da minha ideia de que uma semana académica merece um espaço bem melhor do que aquele. vejam o caso de coimbra ou do porto e pensem: se levaram aquela malta toda a loures (com as dificuldades de transporte inerentes) quantas pessoas não metiam na cidade universitária, na alameda, ou mesmo em algés? com o cartaz em causa - sem dúvida do agrado de muitos estudantes - a SAL teria outro impacto e outra exposição.
fica a sugestão.
n.b. - um agradecimento à lift, na pessoa do filipe marques, pelo "convite" e pelas informações, e por terem percebido antes de muitas outras empresas da área das comunicações que a blogoesfera é um mercado em crescimento. e que a divulgação de eventos, hoje em dia, se pode fazer não apenas através dos meios de comunicação tidos como normais, mas também por intermédio de quem, com as inerências resultantes dos escassos meios disponíveis, acaba por ganhar uma franja consistente de público.
18 maio 2008
report:semana académica de lisboa
por
joséreisnunes
à(s)
4:56 da tarde
tag concertos
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6 comentários:
Bem... primeiro falo do evento. Isso do local é, segundo consta, uma luta antiga da Associação Académica de Lisboa. Algés, mesmo assim, não é uma solução muito boa, parece-me. Este ano esteve na mesa o Terrapleno de Santos... mas também não oferece condições.
Quanto à Lift, obrigado pela referência. Estamos a tentar.
sim...quando falei em algés fiz confusão com esse de santos, onde fui 2 vezes por ocasião do lisbon soundz. em algés, de facto, nunca lá meti os pés, mas consta que ambos são igualmente ranhosos. a solução, quanto a mim, seria a alameda do técnico ou a cidade universitária, o que deve ser bastante improvável de acontecer...
Quanto à alameda do técnico... falas "da" Alameda? É que não estou a vê-los a fechar não sei quantas ruas importantes da cidade durante 4 dias... e o local parece-me demasiado estreito.
A cidade universitária já me parece uma alternativa melhor... mas mesmo assim, tem "pouco" espaço. A vantagem do Parque Tejo é exactamente essa. A desvantagem é claramente o facto de ser longe de Lisboa propriamente dita.
falava da alameda por causa da experiência que tenho dos arraiais do técnico, que abrangem todo o perímetro do IST e parte da alameda. mas de facto não pensei no facto de o festival durar mais do que uma noite...bem vistas as coisas parece não haver grandes hipóteses...a cidade universitária talvez desse. na bênção metem.se ali 7000 estudantes mais famílias...
hmm... mas os 7 mil enchem a coisa?
É que 7 mil não é nada do outro mundo...
Ena, o Filipe por aqui, que mundo pequenino :)
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