cruz vermelha sobre fundo branco, os golpes
o melhor d'os golpes faz.me lembrar a mensagem.
ressalvando a devida separação das águas entre os músicos e fernando pessoa, cruz vermelha sobre fundo branco tem uma série de imagens fortes e incisivas sobre um país que está para ser e, em grande parte dos seus capítulos, uma prosa poética sobre um país que já o foi que me agrada particularmente. o melhor d'os golpes condensa.se, a meu ver, na frase de abertura da marcha: gerados por uma pátria ausente,/buscamos um tempo transparente.
mas é claro que a retórica na música - a retórica per se - serve.me de pouco.
se não houver o clique que é inatingível pelas palavras resta a minha condenação a uma vida de esquecimento.
feitas as contas, e descontando os instrumentais, cruz vermelha sobre fundo branco tem 6 faixas onde se dá o clique.
e embora muito se tenha desfiado sobre a banda por fóruns e jornais nunca dantes navegados [os strokes ou os television, os colégios jesuítas ou o nacionalismo dos heróis do mar] a mim tanto se me dá. e embora me estranhe que nenhum iluminado com tempo de antena reconheça n'os golpes alguma da mesma massa que tornou a ceremony dos new order na melhor música de sempre, a crítica de música não é um exercício de pura comparação ou de referenciação abusiva.
para isso existem os textos do joão lisboa.
no fim de contas trata.se de discernir se a banda em causa tem, ou não, a atitude e a massa necessárias para fazer alguma coisa com significado. serão os golpes os já anunciados rostos da pop portuguesa do novo milénio?
estão mesmo à espera que eu - ou alguém - consiga responder?
sobre isso pouco saberei. conheço mal a música portuguesa. limito.me a reconhecer n'os golpes a ingenuidade que faz os músicos quebrar barreiras.
e atitude. muita atitude.
ressalvando a devida separação das águas entre os músicos e fernando pessoa, cruz vermelha sobre fundo branco tem uma série de imagens fortes e incisivas sobre um país que está para ser e, em grande parte dos seus capítulos, uma prosa poética sobre um país que já o foi que me agrada particularmente. o melhor d'os golpes condensa.se, a meu ver, na frase de abertura da marcha: gerados por uma pátria ausente,/buscamos um tempo transparente.
mas é claro que a retórica na música - a retórica per se - serve.me de pouco.
se não houver o clique que é inatingível pelas palavras resta a minha condenação a uma vida de esquecimento.
feitas as contas, e descontando os instrumentais, cruz vermelha sobre fundo branco tem 6 faixas onde se dá o clique.
e embora muito se tenha desfiado sobre a banda por fóruns e jornais nunca dantes navegados [os strokes ou os television, os colégios jesuítas ou o nacionalismo dos heróis do mar] a mim tanto se me dá. e embora me estranhe que nenhum iluminado com tempo de antena reconheça n'os golpes alguma da mesma massa que tornou a ceremony dos new order na melhor música de sempre, a crítica de música não é um exercício de pura comparação ou de referenciação abusiva.
para isso existem os textos do joão lisboa.
no fim de contas trata.se de discernir se a banda em causa tem, ou não, a atitude e a massa necessárias para fazer alguma coisa com significado. serão os golpes os já anunciados rostos da pop portuguesa do novo milénio?
estão mesmo à espera que eu - ou alguém - consiga responder?
sobre isso pouco saberei. conheço mal a música portuguesa. limito.me a reconhecer n'os golpes a ingenuidade que faz os músicos quebrar barreiras.
e atitude. muita atitude.
5 comentários:
Atitude, é bem verdade. E masculinidade. Pode parecer um pormenor despiciendo, mas além de ir escasseando, dá outra fibra.
é uma visão claramente feminina.aposto que eles iriam gostar de o ouvir.
De tudo o que li sobre o disco, isto é o que se aproxima mais da verdade da obra. Entendo a comparação. Toca-se e canta-se uma epopeia. Mais tarde, se conseguir, tentarei escrever algo sobre este disco.
fico à espera para ler a tua opinião.
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