12 agosto 2009

giros

acho que é positivo para a república que, a partir de um texto assinado por joão bonifácio, se tenha feito uma tempestade em copo de água. não tanto pelo teor dos comentários - uma boa parte deles são completamente idiotas - nem tão pouco pela questão que se eternizou na crítica da crítica de música.

[volto a repetir que não me compete, enquanto leitor, assumir que a crítica deve transparecer a minha opinião. o crítico tem direito à crítica e é necessário que os leitores estejam dispostos a separar a opinião do reconhecimento da competência crítica.]

mas continuo a achar que é positivo que estas discussões saiam dos blogs e entrem nos meios tradicionais. parece.me que dessa forma se conquistará a atenção de algumas cabeças pensantes.
e numa semana em que a monarquia foi reposta durante algumas horas algures numa praça lisboeta, a república, por intermédio de uma das suas criações, pela voz do povo, sai vitoriosa.

6 comentários:

plastessina disse...

ainda assim prefiro deixar a minha crítica no meu blog, aquelas caixas de comentários dos sites do Público estão cada vez mais selvagens

joséreisnunes disse...

mas parece.me que as do ipsilon ainda não estão tão corrompidas por idiotas como as do público.

rui jacaré disse...

oi zé miguel, tudo bem?

uma das maiores pragas da net é, sem dúvida, esta cena dos comentários nos sites dos jornais. um clássico, por exemplo, é pessoal a desancar noutros por darem erros de gramática ao mesmo tempo que os dão também... quanto ao artigo em causa, não vejo qual é o problema... opiniões são opiniões... haja calma, caraças.

se me é permitido, acho que o cartaz do sudoeste - salvo honrosas excepções - constuma ser uma grande merda. festival bom para puto beto cabelo loiro lisboeta curtir... tipo ritual de iniciação ou o caneco.

eu estive lá para ver mais uma vez os fnm e constatei o que muitos já me disseram: o ambiente do paredes de coura (isto para já não falar nos "agrupamentos musicais") mete-o num bolso...

quanto aos concertos que vi nessa noite, três ideias que me ficaram na mente:

- não percebo a piada de bandas revivalistas de merda como os Jet;
- não sei como é possível uma banda como os Blind Zero andar anos e anos seguidos a fazer música de merda e ainda aparecer;
- os faith no more são uma bofetada de luva branca no panorama de música "pesada" actual.

abraço

rui

rui jacaré disse...

espero que alguém ao criticar o meu "constuma" também dê um erro

joséreisnunes disse...

caro jack,

do que me lembro do artigo acho que o problema não foi tanto a opinião sobre os concertos mas a estrutura hierárquica que o jornalista adoptou. ou seja...aparte os comentários idiotas baseados apenas na opinião que o crítico transmitiu, várias pessoas falaram no facto de se ter dado predominância no texto a concertos com menor visibilidade, e 2 ou 3 linhas aos fnm. mas esta estória já tem barbas.
os jet nem sequer os conheço. os blind zero preferia não conhecer.

rui jacaré disse...

sim, a coerência/construção do texto também não me pareceu das melhores...

but, hey: who gives a fuck?

abraço