passou.me há pouco pelas mãos a última edição do ipsilon.
por norma não leio críticas a álbuns antes de os ouvir. no entanto, e apenas desta vez, centrei.me numa que vem assinada por joão bonifácio.
e o fim da leitura trouxe.me uma certeza irrevogável: o novo álbum de joão coração perdeu um potencial ouvinte. nada contra o músico ou contra a música. mas o pedantismo de uma crónica que precisa de se repetir duas vezes para encher a página de um jornal tirou.me a vontade de ouvir o disco.
é a sério, isto.
passei, portanto, a figurar na categoria c da classificação das espécies segundo joão bonifácio: parte daquela elite de intelectuais sempre pronta a fazer um sorriso complacente com tudo o que não compreende, de modo a não se comprometer com nada.
que tristeza de jornalismo.
por norma não leio críticas a álbuns antes de os ouvir. no entanto, e apenas desta vez, centrei.me numa que vem assinada por joão bonifácio.
e o fim da leitura trouxe.me uma certeza irrevogável: o novo álbum de joão coração perdeu um potencial ouvinte. nada contra o músico ou contra a música. mas o pedantismo de uma crónica que precisa de se repetir duas vezes para encher a página de um jornal tirou.me a vontade de ouvir o disco.
é a sério, isto.
passei, portanto, a figurar na categoria c da classificação das espécies segundo joão bonifácio: parte daquela elite de intelectuais sempre pronta a fazer um sorriso complacente com tudo o que não compreende, de modo a não se comprometer com nada.
que tristeza de jornalismo.
7 comentários:
Acabei de ler a crónica e tive exactamente a mesma sensação.
Eu não li, que já não leio o Ípsilon há bastante tempo.
E posts como este ajudam-me a recordar alguns dos motivos.
certo.
mas hoje vi outro artigo - no mesmo sítio, do mesmo jornalista e sobre o mesmo músico - muito mais informativa e, a espaços, interessante.
e não percebo a esquizofrenia.
http://ipsilon.publico.pt/musica/texto.aspx?id=236065
Talvez porque uma é uma crítica, logo deve ser opinativa e, se objectiva, apenas no sentido de corresponder à leitura do objecto visado por parte de quem a assina, e a outra uma entrevista/reportagem, de âmbito totalmente diferente: aí sim, decididamente informativa. Não me parece existir qualquer esquizofrenia, apenas a abordagem do mesmo músico em dois géneros jornalísticos diferentes, a crítica e a entrevista.
compreendo o que está a dizer - e não concordo totalmente, embora para este caso não seja relevante, uma vez que me parece que não entendeu bem o alcance da minha afirmação. não me vou alongar sobre a questão da informação vs. opinião, uma vez que expliquei o que pensava num post anterior (a crítica da crítica).
sobre isso não quero falar apenas de conteúdo. quero sobretudo dizer que um bom crítico de música reconhece.se pelo estilo (veja o miguel esteves cardoso, por exemplo - é inconfundível). nos artigos que citei parecem duas pessoas diferentes: uma a falar sobre a música de um autor com o qual conversou (desculpe mas não considero aquilo uma entrevista...), a outra a descorrer argumentos banais sobre música, a repetir ideias e a supra.elevar.se à condição de estrela da crítica com estocadas fatais na humildade inerente a saber opinar.
é isto que eu acho.
cumprimentos.
Mas o que é que interessam os críticos?
Porque é que lhes dão tanta importância?
repare: não são os críticos que me interessam. interessa.me a crítica. crítica enquanto entidade abstracta utilizada para reflectir sobre música. e interessa.me a crítica porque este é um blog que pretende fazer crítica de música. quando falo dos críticos faço análises sobre o estado da crítica. e este blog só se chama 'a new order' porque existe uma velha ordem. mas essa não me interessa.
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